“No dia 5 de setembro, o Mineirão completará 60 anos. No jogo de inauguração, a seleção mineira ganhou do River Plate, da Argentina, por 1 a 0, gol de Buglê, meio-campista do Atlético-MG. A seleção, formada para a partida, treinou durante uns 15 dias na colônia de férias do Sesc, perto de Belo Horizonte.
O técnico era Gérson dos Santos. No início da preparação, eu, com 18 anos, era reserva da dupla de atacantes formada por Jair Bala, do América-MG, e Silvestre, do Siderúrgica, de Sabará. Durante os treinos, conquistei a posição e joguei ao lado de Silvestre. A partir do Mineirão, Cruzeiro e Atlético-MG passaram a fazer parte da elite do futebol brasileiro.
A memória é o elo entre o passado e o presente, entre o corpo e a alma, entre o real e o sonho. Fui atleta profissional, médico, professor de medicina, comentarista de televisão e agora colunista. Tenho ainda outros sonhos distintos do que já vivi. Tomara que o futuro chegue a tempo. A vida e o futebol continuam.”
- Texto extraído de uma crônica do jogador Tostão, publicado na Folha de São Paulo -