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    Segunda, 01 Dezembro 2025 18:26

    Ticumcum - Que apelido é esse?

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    Ticumcum - Que apelido é esse? Foto: Reprodução.

    Um apelido é muito mais do que uma simples brincadeira entre amigos ou uma brincadeira passageira. Na vida de muitas pessoas, ele se torna um segundo nome, carregando consigo histórias, identidades e, não raras vezes, uma trajetória inteira.

    É assim com Silvério de Paula — ou melhor, "Ticumcum", como é conhecido pela comunidade de São Gotardo. Aquele apelido, batizado em uma noite descontraída durante uma 'pelada' no campo da fazendinha por um primo bem-humorado, transcendeu as barreiras da informalidade e se tornou inseparável de sua vida pública.

    Da política municipal ao cotidiano nas ruas da cidade, "Ticumcum" não é apenas um apelido: é uma marca pessoal que define a maneira como as pessoas o reconhecem e o admiram.

    Nesta reportagem, convidamos você a descobrir como uma simples brincadeira de primo se transformou em identidade, em poder político e em um símbolo vivo de pertencimento à comunidade. Porque às vezes, os apelidos nos revelam muito mais do que nossos nomes próprios jamais conseguiriam.

    Nossa reportagem foi gentilmente recebida pelo nosso entrevistado, Silvério de Paula, o popular Ticumcum. Falamos de vários assuntos, e entre eles, claro, a origem do apelido que virou marca registrada. Veja:

    Seu nome de verdade, Ticuncum? Pois é Zezé, o meu nome de verdade mesmo é Silvério de Paula. Nascido aqui em São Gotardo, filho do Sebastião Roque e da Dona Elza da Silva de Paula. A família do meu pai é muito conhecida. O nome de batismo é Silvério de Paula.

    E como surgiu o apelido? Às vezes, é até difícil de definir qual o momento, mas você poderia relembrar pra gente como surgiu o apelido Ticuncum? Eu me lembro que foi no ano de 2002, porque era um ano de Copa do Mundo. Eu já tinha 23 anos de idade. Naquela época a gente gostava muito de jogar bola ali no campo da Fazendinha, e foi quando um primo meu me colocou esse apelido, sabe? Do nada, sem nenhuma razão aparente, ele começou a me chamar de Ticumcum. Todo mundo achou graça é e ficou aí até hoje.

    No início você deve ter estranhado um pouco, mas depois você acostumando... Eu pensei, a gente estranha, mas não vou dar liga não, porque quando a gente fala, e reclama, aí que pega mesmo. Mas aí achei estranho, fui pesquisar, depois se tinha algum significado, e não tinha significado nenhum.

    Pois é, e você acabou se acostumando com esse apelido, e que foi tomando um espaço muito importante na sua vida, seja na sua trajetória profissional e mesmo política, sabendo que você já ocupou cargos importantes aqui em São Gotardo, e ainda hoje com vereador, não é mesmo? Pois é, Zezé, eu tenho que agradecer muito a São Gotardo. Graças a Deus eu tenho uma amizade enorme com todos na cidade.

    Em 2005 você se lançou como candidato a vereador já com o nome Silvério Ticuncum, mas foi em 2008 que você ganhou destaque na política local, elegendo-se vice-prefeito ao lado de Edson Cezário. Foi um salto meteórico, não? Como eu já era muito conhecido na cidade, ajudou bastante. Sempre gostei de trabalhar. Ainda criança vendia picolé pro Zé do picolé, o pai do Leônidas que foi secretário de Cultura. Quando eu fui para o Promam, aí eu fui encaminhando, e sempre conheci pessoas boas. Nesse tempo, trabalhei por 5 anos de Office Boy no escritório do senhor Leônidas Bueno, então conhecia muita gente. E esse apelido pegou em 2008 quando eu saí candidato a vice-prefeito; ficou aquele negócio assim, tinha o prefeito que era o Edson candidato e o Ticuncum.

    Você morou no bairro Taquaril por um bom tempo... Morei na Capelinha, morei no Alto Bela Vista e quando eu me mudei para o Taquaril, a gente até lembra muito que a sua mãe, Dona Lola era minha catequista. Foi das primeiras casas que teve ali e a gente sempre viveu com a meninada.

    Já sofreu preconceito? Nunca senti preconceito. Graças a Deus, as portas sempre foram abertas em todo lugar que eu cheguei. Só uma vez no Consulado americano, em São Paulo, mas nada que me fizesse desistir.

    Além da vereança, onde trabalha? Eu trabalho na BAC, Beneficiadora Águas Claras, já vai para 17 anos, então, a gente cuida da parte de RH.

    Tá ok meu amigo, finalizamos por aqui. Obrigado por conceder esta entrevista. Eu que agradeço esse espaço e quero parabenizar, porque esse quadro do jornal é a história de São Gotardo. E a história tem que ser contada, lembrada para as futuras gerações, realmente saber das pessoas que vivem, que viveram e que deixaram algum legado em nossa história. E assim, te agradeço de coração mesmo.

     

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