Geovane, mais conhecido pelo apelido de Figura, então, um jovem empresário no setor de impressão gráfica, havia chegado há pouco dos EUA. Com mala e coragem adquiriu um parque gráfico já instalado aqui na cidade. Além dos serviços de impressão, como o Classificados e posteriormente o Jornal Daqui, ele formou inúmeros profissionais que hoje administram seus próprios negócios aqui em São Gotardo.

As reviravoltas que o mundo dá em nada diminuíram seu gosto pela profissão. Atualmente, trabalha no mesmo ramo que escolheu para viver, há mais de 20 anos atrás. Geovane é casado com Flaviana e pai de três filhos. Ele nos recebeu em sua casa para contar um pouco de sua história, e que registramos na entrevista abaixo:

Eu gostaria inicialmente que você contasse pra gente seu nome inteiro e como surgiu o apelido de 'Figura'. Primeiro, meu nome é Geovane Eustáquio Ribeiro Júnior. E esse apelido, surgiu assim: Ainda criança, eu colecionava figurinhas. (naqueles tempos eram comuns os famosos Álbuns de figurinhas). Eu vou lá no Danilo, no Ponto certo, e a gente fica lembrando, quando tinha tinha o bar dos Oliveira, onde comprávamos os álbuns para colecionar. A gente pegava aquelas figurinhas, que hoje os meninos já não brincam mais, só ficam em celular. Era uma coisa que não sei, eu era um aficionado com um álbum de figurinhas. E aí, um belo dia, meu patrão João Mendonça começou a me chamar de Figura, e o nome foi pra escola e pegou. Me chamavam de figura, de figurinha. Ninguém falava Giovane mais não, até hoje.

Esse quadro do jornal é exatamente pra gente conhecer as histórias por trás do nome e a gente sempre comenta que o apelido acaba virando um segundo nome, às vezes mais importante que o primeiro... Ninguém me conhece pelo meu nome verdadeiro, é a gráfica do Figura, é a casa do Figura, os filhos do Figura.

Você sempre atuou no ramo gráfico. Foi para os Estados Unidos, com o tempo, retornou, montou a gráfica aqui em São Gotardo, aí deu seguimento carreira. Quantos anos você ficou nos Estados Unidos? Fiquei quatro anos. Naquela época, todo mundo queria ir embora. Eu era casado de novo, vocês sabem, dificuldade financeira, essas coisas todas.

Aí você voltou e montou a gráfica. Inclusive, a gente rememorando, o Jornal Daqui nasceu na sua gráfica. Você que nos sugeriu de começar o jornal. E você sempre foi uma pessoa muito popular aqui em São Gotardo, é muito conhecido, né? Eu tenho que agradecer minha família, minha esposa, meus filhos. Isso aqui, meu amigo, me deixa um pouco até emocionado, porque São Gotardo é uma cidade que, por onde eu passei, não existe lugar melhor que esse aqui não.

Eu e minha esposa Flaviana temos três filhos, uma filha que fez 15 anos, um filho de 13 anos e um de 23 anos, que trabalha na Valoriza, e essa é a minha família formada com a graça de Deus.