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    Sexta, 25 Outubro 2024 22:02

    Makoto, e seu vice Lander, concedem primeira entrevista após eleições

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    Makoto, e seu vice Lander, concedem primeira entrevista após eleições Foto: Reprodução.

    Processo de transição, resultado das eleições e formação de novo gabinete foram alguns dos temas abordados na coletiva de imprensa.

    Makoto sempre transitou além das fronteiras agrícolas, deixando suas pegadas também nos campos social e institucional. Foi presidente do Sindicato rural, liderou iniciativas de fomento empresarial, presidiu a Apae, e mais recentemente, esteve à frente do grupo Irmandade, entidade responsável pela implementação de mudanças significativas na Santa casa, e que presta atendimento público municipal na área da saúde.

    A estrada que o conduziu à vitória no último 6 de outubro foi sendo pavimentada ao longo dos anos, décadas talvez. Não estamos falando de um paraquedista, portanto. Afora que do campo veio a lição primeira: antes de colher é preciso plantar.

    Seu vice, Lander Inácio, consolidou em apenas quatro anos seu nome e suas digitais na política local. Sua atuação como parlamentar lhe serviu de plataforma para ganhar visibilidade e proeminência suficientes para conquistar a confiança no cobiçado posto de vice na chapa de Makoto Sekita. Uma dobradinha que se personificou no lema de campanha: Experiência e inovação.

    “Com relação à formação do novo secretariado, vamos estudar com muito cuidado. Ainda não definimos nenhum nome para assumir as novas secretarias”. Disse Makoto durante entrevista coletiva realizado no último dia 10.
    Separamos abaixo os principais tópicos abordados nessa primeira coletiva dos eleitos para governar São Gotardo nos próximos 4 anos. Confira:

     

    Os primeiros passos e ações pós eleição

    Makoto: Nossa prioridade número 1 é a saúde, embora a Educação tem uma importância muito grande, mas tenho certeza que temos profissionais capacitados. Em todos os lugares que percorremos durante a campanha, nós vimos a necessidade de dar uma atenção maior.

    Já fizemos um primeiro contato com a prefeita Denise para programarmos o processo de transição. Ela nos recebeu muito bem, e nos disse que vai agendar um encontro com todo o secretariado para que a gente possa se inteirar sobre a realidade de cada pasta. Ficou acertado de dar início à transição a partir de novembro.

    Lander: Foi muito positivo este primeiro contato com a prefeita. Procuramos também saber sobre as obras em andamento. Acreditamos que, independente de partido ou gestão, é fundamental dar continuidade às obras que estão em andamento. Trata-se de dinheiro público, e temos que ter responsabilidade de gestão em relação a isso.

    Sobre os embates na campanha e a Relação com a nova Câmara

    Makoto: Não guardamos mágoa de nada e de ninguém, sobre o que aconteceu durante a campanha. Cada um buscou sua estratégia para ganhar a eleição. Nossa estratégia foi apresentar um plano de governo; falamos muito de nossas propostas. Vamos tratar a todos, aliados ou adversários de campanha, da mesma maneira, como cidadãos de São Gotardo. A eleição terminou no dia 6 de outubro e vamos governar para todos.

    Lander: o que nos importa agora é colocar nosso plano de governo em ação, e trabalhar em prol do município, para todos, independente a quem tenha votado. Em relação à Câmara, minha experiência como parlamentar nesses quatro anos, tenho certeza que vai agregar e facilitar a nossa relação. Como disse Makoto, independente de partido, nossos objetivos são os mesmos.

    Agronegócio e indústria

    Makoto: Muita gente não sabe, mas temos muitas indústrias em São Gotardo, principalmente ali na região do trevo. Temos uma grande estrutura voltada para o processamento de produtos agrícolas e insumos e também de serviços de manutenção de máquinas. A produção agrícola é muito diversificada, o que não comporta a implantação de uma indústria de processamento de um produto específico. Por isso, nosso parque industrial é também diversificado, para atender a esta demanda. Muita gente não conhece a força do agro em nossa região, e que não se resume à produção no campo; há uma enorme cadeia de indústrias e de processamento ao redor, e que emprega muita gente. Sem falar nas grandes concessionárias e oficinas instaladas em nosso município, que fortalecem ainda mais nossa economia.

    Lander: Evidente que vamos incentivar e dar apoio a todo empresário que deseje investir aqui. Tudo que puder agregar valor à nossa economia, gerando mais impostos, emprego e renda, será bem vindo.

    São Gotardo comportaria indústrias em outras áreas que náo esteja ligada ao Agro?

    Makoto: Cada região tem uma aptidão. Vou citar o exemplo de Nova Serrana e Franca; ali a aptidão é calçados. Outro exemplo é a região de São Paulo que se concentra no plantio de cana de açúcar. Aqui, nossa aptidão é agricultura. E pode ter certeza que vamos ampliar parcerias com o Sindicato Rural, Emater para que possamos levar mais tecnologia para o campo, principalmente para os pequenos e médios produtores, melhorando a produção, a qualidade e a genética. Portanto, eu acredito muito mais na aptidão da região. Temos aqui um clima propício para a produção de hortaliças, então temos tudo para fortalecer e investir nestas áreas que são vocação natural no nosso município.

    Lander: complementando o que Makoto disse, outro ponto importante é que as melhores ofertas de emprego e salários estão na cadeia de produção agrícola, e que dificilmente são superadas por outras ofertas de trabalho.
    Sobre a situação financeira da Prefeitura e formação do novo secretariado para a próxima gestão

    Makoto: Pelo que conversamos com a prefeita neste primeiro contato, o caixa está equilibrado, sem dívidas para pagar. As construções e obras em andamento já estão todas empenhadas, ou seja, com dinheiro em caixa para sua conclusão. Com relação à formação do novo secretariado, vamos estudar com muito cuidado. Ainda não definimos nenhum nome para assumir as novas secretarias. A transição será tranquila, sem sobressaltos ou grandes mudanças no quadro de funcionários. Assim que formos tomando ciência da situação, vamos tomando as decisões necessárias para a boa condução de nossos trabalhos. Queremos fazer um sistema de gestão muito bem feito, principalmente na área da saúde, com uma gestão participativa de toda a equipe, e assim poder oferecer um serviço mais eficiente.

    Sobre a vaga aberta para Deputado Estadual

    Makoto: Quando disputei o cargo de deputado estadual fiquei como primeiro suplente pelo PSD. O atual titular ganhou as eleições em Sete Lagoas, o que abriu a oportunidade para que eu assumisse uma cadeira no Legislativo estadual. Mas, da mesma forma que Douglas Melo foi eleito em Sete Lagoas, nós fomos eleitos aqui em São Gotardo, e que, portanto, a nossa responsabilidade é com o povo de São Gotardo que nos elegeu. Como já havia me comprometido durante a campanha eu não assumirei o cargo de deputado, e vamos cumprir integralmente o mandato de prefeito para o qual fomos eleitos.

    Trânsito na cidade, saturado pelo excesso de veículos e por uma malha urbana que não atende a esta demanda.

    Nós vamos contratar um engenheiro de trânsito. Temos certeza que não vamos resolver todos os problemas do tráfego, mas que vamos amenizar muito. Devido ao relevo de São Gotardo e das ruas estreitas, precisamos buscar as melhores soluções, e temos certeza que muitas mudanças podem implementadas para melhorar o fluxo de veículos.

    São Gotardo carece de infraestrutura, como vias de acesso e mesmo de um anel viário que possa desafogar o trânsito no centro da cidade. Há perspectivas neste sentido?

    De acordo com o censo do IBGE temos 42 mil habitantes, mas em campanhas recentes foram vacinadas 62 mil pessoas. Ou seja, os desafios são maiores que pensamos, e isso em todas as áreas, inclusive no trânsito. Mas temos que ter claro quais são as principais prioridades, e caixa da prefeitura é limitado. Claro que um anel viário é importante, mas a abertura de um grande número de novos loteamentos cria algumas limitações, e além do mais é preciso recursos externos para isso. Mas podemos criar algumas alternativas, como por exemplo, a construção de uma avenida de duas pistas interligando a avenida Rio Branco à saída da cidade. Já estamos conversando com o presidente do Sindicato rural sobre este projeto, e também com donos de loteamentos que estão no percurso. A implantação desta via de acesso interligando o centro à saída da cidade já deve aliviar o tráfego de veículos pelo menos em 30% naquela região. Como já dissemos, com a contratação de um engenheiro de tráfego, serão implantadas soluções que vão favorecer a mobilidade urbana em toda a cidade.

    Devido ao declive das ruas, a construção de Redes pluviais é uma necessidade permanente. há projetos neste sentido?

    Makoto: Entendemos que a construção de redes pluviais é uma das prioridades de nosso município, Uma rua só será recapeada depois da rede pluvial instalada.

    Lander: Nós sabemos que todos os anos ruas são danificadas pelas enxurradas, e simplesmente recapear é jogar dinheiro fora. E no ano seguinte vem as chuvas e o problema continua. Precisamos fazer a captação da água pluvial, para que a população tenha uma qualidade de vida melhor

    Abastecimento de Água

    Makoto: Pelo que conheço da região e da necessidade de ampliar a oferta de água para consumo da população, acredito que a solução mais viável é captarmos água do Córrego dos Ferreiros, que é uma água de muita qualidade e seus mananciais estão preservados e protegidos. A prefeitura é corresponsável pelo abastecimento de água, e sabemos que é preciso dobrar a capacidade, que hoje é de 160 m/s. Temos que pensar nas gerações futuras e na demanda que aumenta a cada dia. Não podemos pensar pequeno, temos que ver lá na frente e garantir um abastecimento para os próximos 20 ou 30 anos. Esta é a proposta que vamos apresentar e cobrar da Copasa. Pelas nossas andanças durante a campanha ouvimos muito da população que é preciso melhorar a quantidade e a qualidade da água para consumo, bom como do tratamento do esgoto. Não é uma promessa, mas vamos insistir muito nesses pontos.

    Lander: Entendemos que é papel da prefeitura ser parte da solução e não apenas cobrar. Queremos participar de todo o processo para que as medidas necessárias sejam tomadas.

     

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