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    Quarta, 25 Janeiro 2023 21:47

    O saogotardense que bateu bola com o rei Pelé

    Escrito por José Eugênio Rocha
    O saogotardense que bateu bola com o rei Pelé Foto: Reprodução.

    Foi aqui, às margens do Confusão que o mais iminente atleta de nossa cidade aprendeu os primeiros dribles, brincou as primeiras 'peladas'. O primeiro compromisso profissional foi assinado em 1963, mesmo ano em que participou do elenco que faturou o título mineiro.

    Semanas atrás, um silêncio de despedida atravessou continentes mundo afora. Imprensa, governos e o povo de cada país, de cada continente, renderam suas homenagens ao maior jogador de todos os tempos, o rei Pelé, o mais ilustre dos brasileiros. De seus dribles e conquistas, nos restam as lembranças e o reconhecimento de eterno legado.

    Vale agora rememorar que naquele seleto grupo de jogadores que vestiu e defendeu em campo ao lado do Rei, a mesma camisa, estava Buglê, um saogotardense que ainda menino brincava com a bola aqui nos campos da cidade. Antes de jogar ao lado de Pelé, ele já era reconhecido por ter sido o autor do primeiro gol no recém inaugurado Mineirão, no ano de 1965.

    futebol0221 de dezembro de 1967, quando o Santos bateu o São Paulo por 2 a 1, no Pacaembu, e conquistou o Paulistão daquele ano. Em pé: Carlos Alberto, Ramos Delgado, Joel Camargo, Clodoaldo, Cláudio e Rildo – Agachados: Wilson, Buglê, Toninho Guerreiro, Pelé e Edu.

    O céu cintilante de Buglê

    A estrela do saogotardense Buglê não foi brilho passageiro. Seu currículo vai muito além da marca histórica com o primeiro gol no Mineirão. Ele defendeu grandes clubes no Brasil e mundo afora. E mais que isso: como prova inegável de seu talento, basta dizer que Buglê jogou ao lado de Pelé, o rei do futebol. Na foto abaixo, Buglê ao lado de PELÉ.

    Em janeiro de 2010, Buglê foi convidado para colocar os pés na Calçada da Fama do Mineirão

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    José Alberto Bouglaux, também conhecido como Buglê, nasceu dia 26 de julho de 1944, no município de São Gotardo. É filho de Alberto Bougleux e Maria Braga Bougleux, O sobrenome, de origem francesa, não era muito fácil de ser entendido, então foi adaptado para uma versão nacional e ficou “Buglê”.

    Foi aqui, às margens do Confusão que o mais iminente atleta de nossa história aprendeu os primeiros dribles, brincou as primeiras 'peladas'. Sérgio Bueno, um de seus amigos de infância relembra: "Ainda moleques, jogávamos bola na rua Padre Kerdole, abaixo da casa do Juca Londe...O campinho era pequeno, mas dava para correr, dibrar (a gente falava assim), lançar a bola e marcar lindos gols. Entre todos os meninos peladeiros, vou destacar o Buglê...era nosso companheiro nas peladas e nas bagunças. Ninguém pensava, naqueles idos de 1958 – ele tinha 14 anos nessa época, mesma idade de meu irmão Osvaldo – que ele iria, apenas 7 anos depois, fazer o primeiro gol da história do Mineirão, pelo qual é lembrado até hoje. Tanto é que seus pés ficaram gravados no portal da fama do estádio".

    Em razão de uma transferência profissional de sua mãe, que era diretora em uma instituição de ensino, a família estabeleceu residência em Belo Horizonte. Sem ficar longe da bola, o jovem Buglê foi jogar Futebol de Salão no Cruzeiro, onde conviveu com grandes valores, como Eduardo Gonçalves de Andrade, o afamado craque Tostão.

    Quando prestava o serviço militar, Buglê jogava pelo time de seu batalhão. Foi assim que seu futebol vistoso foi descoberto pelo treinador Wilson de Oliveira, que o encaminhou para um período de testes no juvenil do Atlético Mineiro.

    Pouco tempo depois, Buglê foi aproveitado na equipe principal. Habilidoso meia-direita, sua notável disciplina tática também foi de grande utilidade na posição de médio-volante. O primeiro compromisso profissional foi assinado em 1963, mesmo ano em que participou do elenco que faturou o título mineiro.

     

     

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