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    Quarta, 17 Novembro 2021 12:23

    ENTREVISTA – Paulo Eugênio Vilela – vice prefeito

    Escrito por José Eugênio Rocha
    Foto: Reprodução. Foto: Reprodução.

    Apesar de estar pela primeira vez ocupando um cargo eletivo, o vice-prefeito Paulo Eugênio já circula nos corredores do campo político/administrativo desde 2012. Chegou a se candidatar ao cargo de vereador, mas não fui eleito. Em 2013 foi convidado pelo prefeito Seiji Sekita para ocupar o cargo de secretário de administração em seu primeiro mandato. Em seguida trabalhou no departamento técnico da Câmara municipal. Paulo Eugênio reconhece que foram experiências importantes, e que lhe deram bagagem e conhecimento tanto no executivo como no legislativo. “Tudo isso vem agregar para que eu possa atuar e contribuir neste cargo de vice-prefeito para a gestão da prefeita Denise, e ao lado de toda sua equipe. Acredito que a política é um meio de transformar a vida das pessoas, e isso deve ser direcionado para melhorar a qualidade de vida, principalmente dos mais necessitados. Mais saneamento, mais educação, mais infraestrutura, melhores condições para o meio ambiente...tudo isso para melhorar a qualidade de vida de toda a população.” Afirma ele.

    Nesta entrevista, o vice prefeito Paulo Eugênio fala de sua dobradinha com a prefeita Denise Oliveira, e também de demandas e soluções ao longo destes nove meses de início de mandato.

    Eu gostaria de iniciar nossa entrevista falando da reforma do prédio da Prefeitura. Sempre foi precário e inadequado para sua função de atender a população, correto?

    Não temos dúvida que é preciso oferecer um espaço adequado, um espaço limpo para toda nossa comunidade, e também dar melhores condições para os funcionários que aqui trabalham. Além disso, é importante que prédio da prefeitura acolha bem os nossos visitantes.

    É um prédio bastante antigo, e pela sua precariedade, ele carecia de uma reforma, inclusive para dar mais acessibilidade aos contribuintes e a todos que necessitem de seus serviços. Era necessário que déssemos uma roupagem nova na sede da administração, e a prefeita Denise sempre deixou isso muito claro, de melhorar nossas condições de atendimento ao público.

    Você sempre circulou pelo meio político, diferente da prefeita Denise, que atuava na área pedagógica. A dobradinha está dando certo?

    É nosso primeiro cargo eletivo, tanto pra mim como para a prefeita Denise. Desde o início ela deixou claro o propósito de somar forças para desenvolver o nosso município. Sabemos das inúmeras necessidades, e que muita coisa já vem sendo feita, daquilo que planejamos. Esses nove meses foram de muita experiência, de adaptações, e também de imprimir a nossa marca, e sem sombra de dúvida, fazer com que a máquina funcione a favor de nossa comunidade.

    Já é possível fazer um breve balanço desses primeiros meses de gestão. Que iniciativas você destacaria como marcas iniciais, e também dos desafios?

    Neste início, elencamos pri-oridades. Eu destacaria, por exemplo, a recuperação das estradas rurais. Desde janeiro estamos trabalhando nesse sentido, mas de uma forma diferente. Mapeamos e dividimos toda a região do município em setores, e assim concentrar todo o trabalho de recuperação em cada um deles até que fosse totalmente concluído. Desta maneira a qualidade do serviço prestado é superior e mais eficiente. Demos início também à construção do SAMU, que é um serviço de atendimento para urgência e emergência na área da saúde. É uma obra de extrema importância para o nosso município e que era aguardado desde 2014. Pleiteamos junto ao governo do estado, e fomos atendidos. Ele deve ser inaugurado em novembro. Outra obra importante foi a instalação do Centro de Acolhimento; não se trata de um albergue, mas um importante suporte para acolher pessoas em situação de vulnerabilidade, e encaminhá-las para o mercado de trabalho. Eu destaco também como importante obra da administração a substituição e instalação de lâmpadas LED na iluminação pública, em dezenas de ruas da cidade. Iniciamos esse trabalho em bairros como o Boa Esperança, Lírios do Campo..., mas todos os bairros serão atendidos, inclusive os distritos e povoados, como agrovila, Guarda dos Ferreiros, etc. É um projeto que garante mais qualidade de vida e mais segurança para a população. Falando em qualidade de vida, estamos trabalhando em melhorias na coleta de lixo, na manutenção e conservação de canteiros e praças; nesse sentido, estamos revitalizando a entrada da cidade, que é nosso cartão postal.

    Falando em problemas, o trânsito é um deles. O que fazer?

    É objetivo da nossa prefeita que no ano que vem será instalado um departamento aqui na prefeitura para tratar exclusivamente do trânsito, e assim trazer melhorias na fluidez e na mobilidade urbana. Já está sendo projetado também um conjunto de obras de Drenagem da água das chuvas, com a construção de galerias pluviais, principalmente nos pontos mais críticos, inclusive para ter-mos condições de melhorarmos a malha asfáltica, que todos os anos sofrem danos por causa da força das enxurradas. Temos isso como meta prioritária

    Além da recuperação de estradas, o meio rural carece mais apoio, não?

    Em relação ao transporte coletivo, a Prefeitura está adquirindo um veículo para atender a comunidade rural no transporte dos moradores de Vila Funchal, Três capões, etc, que até então carecia desse tipo de serviço. Ele vai facilitar o trânsito entre a cidade e o meio rural.

    Ainda com relação ao meio rural, nosso município foi comtemplado com liberação de R$2,5 milhões de reais da Vale do Rio Doce. E este recurso será aplicado na melhoria de nossas comunidades rurais, como Agrovila, Cerca Velha, Vila Funchal... com obras de pavimentação de ruas.

    Tem sido ventilado tanto sobre a necessidade de duplicação da MG235 que liga a cidade ao trevo, como sua possível municipalização. Há algo de concreto nesse sentido?

    Existe uma possibilidade, mas ainda está em estudos no DER, a transferência do domínio público desse trecho para o município. Estamos falando de uma rodovia estadual, e de toda maneira qualquer investimento nela vai depender de recursos do próprio Estado. Nós sabemos que o trânsito de veículos ali é intenso graças ao agronegócio, mas que aumentou ainda mais com a trânsito de carretas transportando o minério da Verde fertilizantes. Neste sentido, precisamos de uma rota alternativa para melhorar esse fluxo veicular também dentro do perímetro urbano. A prefeita Denise ressalta a necessidade de dialogar e fortalecer parecerias com o Estado e com os municípios vizinhos para enfrentar esse tipo de problema.

    Falando em mobilidade a saturação da Avenida Ero-tides Batista representa bem a deficiência da cidade por falta de um Anel viário. Hoje pagamos caro pela falta de planejamento, não?

    Estamos falando de uma obra de grande porte, e é preciso antes de mais nada de elaborarmos um plano de mobilidade urbana e a construção de um Anel Viário dentro de um plano diretor, e que possa diluir o fluxo de veículos. Um dos objetivos desse plano é desafogar a área central da cidade, que hoje é rota quase que obrigatória se vamos de um bairro a outro. É um desafio que precisamos enfrentar, e começar a planejarmos agora para os próximos anos. A prefeita assinou recentemente um acordo de cooperação com o CREA, para que possa nos auxiliar nesse planejamento de um novo plano diretor e estrutural para o município.

    Este é um bom exemplo de que o gestor e a classe política não deve ser apenas imediatista, e que ele deve pensar no futuro da cidade, com ações e planejamento nesse sentido, não? Hoje pagamos um alto preço por essa falta de planejamento, e com a falta de anel viário e um plano de mobilidade urbana.

    Sem dúvida. Essa administração não vai se limitar aos quatro anos de governo. Precisamos pensar nas gerações futuras e a cidade que queremos amanhã. Nossa cidade cresceu sem um planejamento adequado.

     

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