Vivemos tempos confusos.
De um lado, o lado econômico, temos boas notícias. Um desemprego em queda, a menor taxa de desemprego em vários anos, crescimento do nível de renda, aumento do consumo, inflação em menor ritmo, o dólar sem oscilações muito grandes. Enfim, em termos de questões macroeconômicas, é possível dizer que o Brasil vai bem.
De outro lado, o lado social, há uma maior confiança do consumidor, o ritmo de crescimento do endividamento familiar não é assustador, pessoas conseguem viajar mais, melhorar seus hábitos de consumo.
De um outro lado, agora o lado político, o Brasil está um pouco confuso. Para uns, a economia brasileira está em frangalhos, nada está funcionando (mesmo que este nada não seja muito preciso...), a corrupção está altíssima, descontrolada, mesmo que as ações da Polícia Federal mostre o contrário.
Se nos atentarmos, em primeiro lugar, a um lado da nossa moeda de três lados, a questão econômica, estamos vivenciando um fato que demonstra que o gasto do governo não é, de forma alguma e como gostam de afirmar alguns analistas econômicos, algo prejudicial à economia. O fato de o governo operar com déficit em seu orçamento não é um problema de fato e sim, soluções que se apresentam à sociedade. Um gasto, como digo sempre, gera emprego, gera renda, gera consumo e gera menor angústia aos indivíduos que sabem que poderão pagar suas contas no final do mês.
Como entender analistas que persistem criticando a condução da política econômica se a economia está crescendo?
Agora, um orçamento equilibrado, ou seja, o governo gastar somente aquilo que arrecada, se torna uma falácia e algo que só funciona em nossas casas e, na verdade, nem sempre isso acontece, senão não teríamos cartões de crédito ou cheque especial ou outro tipo de produto financeiro que os bancos enfiam em nossas goelas abaixo.
Na verdade, não é o déficit do governo que faz os juros subirem e sim os juros que forçam maiores déficits.
Como nossa moeda tem mais dois lados, o lado social e econômico se estabiliza com o crescimento econômico. Consumo, renda, poupança, maiores vendas, menor endividamento e menos sofrimento e menos angústia.
Já o terceiro lado dessa moeda, o lado político, vem se tornando, cada vez mais, um problema insolúvel. Temos um Congresso assustadoramente isolado do resto da população. Brasília se tornou um mundo à parte e a aprovação na Câmara dos Deputados da hoje extinta PEC da blindagem ou mesmo da bandidagem, mostra o quanto nossos estimados representantes na verdade pensem somente em si mesmo. Como pensar em uma proposta de emenda à Constituição que daria passe livre a alguns para que se refastelem em um mar de corrupção dependendo somente de se para que sejam julgados pela justiça.
Além disso, de forma alguma qualquer anistia pacificará o país. Seria o mesmo que pensar que anistiando o ladrão o roubo iria diminuir.
É para lembrarmos do saudoso Stanislaw Ponte Preta e seu Febeapá, ou o Festival de Besteira que Assola o País.
E começamos o mês de outubro com uma boa notícia já que o Congresso aprovou a isenção de imposto de renda para aqueles indivíduos que ganham até cinco mil reais mesmo que alguns comentaristas critiquem essa proposta porque aumentou a alíquota de imposto de renda para os chamados super ricos que, mesmo assim, continuarão super ricos.
Cada vez mais o Brasil, de fato, não é para amadores!



