Tem momentos em que um simples ditado, aqueles que resumem a vida em poucas palavras, tem uma enorme veracidade. Estou falando daquele que diz que o tempo voa e essa é uma verdade incontestável, afinal estamos já em julho e passamos da metade do ano de 2025.
Tantas coisas acontecem ao mesmo tempo que acabamos não percebendo o tempo passar. O mundo está cada vez mais envolvido em conflitos, guerras e intolerâncias.
Intolerâncias religiosas, políticas, guerra da Rússia e Ucrânia que se arrasta sem muitas perspectivas de solução e, mais recentemente, Israel resolveu atacar o Irã que, obviamente, respondeu ao ataque. E, como não poderia deixar de acontecer, o governo americano resolveu colocar o dedo nesta ferida atacando, por sua vez, o Irã.
Onde toda essa confusão irá parar? Ninguém sabe. O conflito irá caminhar para uma guerra mais ampla? Os envolvidos irão sentar e negociar? Qualquer coisa que se diga a esse respeito será mera especulação. A única coisa que sabemos é que ninguém sabe como vai acabar.
E, diante de um contexto incerto como esse, o que podemos fazer é tocar nossa vida fazendo valer aquela máxima que diz “vamos deixar tudo como está para ver como que fica” ou, como diz Lampeduza, “é preciso que tudo mude, para que tudo permaneça como e´”.
E nossa vida vem sendo marcada por algumas boas notícias.
Recentemente o IBGE divulgou alguns números interessantes a respeito do mercado de trabalho divulgados pela última PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua).
A taxa de desocupação caiu 6,2% no trimestre que se encerrou em maio e esse não é um número qualquer porque representa a menor taxa de desocupação nos últimos 13 anos. O número de trabalhadores com carteira assinada atingiu o patamar de 39,8 milhões de pessoas.
Ao mesmo tempo, acompanhado o crescimento da taxa de emprego, a massa de rendimentos também vem apresentando crescimento, atingindo a marca de R$354,6 bilhões de reais, número esse que representa um crescimento de 1,8% em relação ao trimestre anterior (janeiro, fevereiro e março) e um crescimento de 5,8% em termos anuais. O rendimento médio mensal atingiu o montante de R$3.457,00 significando um crescimento de 3,1% em relação ao mesmo período de 2024.
Outro ponto interessante apontado pela PNAD foi a redução da informalidade (37,8%) atingindo cerca de 39 milhões de pessoas. Parte da explicação desse número está no fato de que o número de trabalhadores sem carteira assinada ficou estabilizado em 13 milhões de pessoas e também ocorreu um aumento do número de trabalhadores por conta própria.
Agora, um número que deve ser aplaudido foi o que mostra a redução do número de desalentados que caiu para 2,89 milhões de pessoas. Desalentados são aqueles indivíduos que, diante de um mercado de trabalho enfraquecido, desistem de procurar emprego e passam a viver de 'bicos” e trabalhos esporádicos.
E quais foram os setores que puxaram esse crescimento do mercado de trabalho? Praticamente todos. Digo praticamente porque o único setor que apresentou queda na taxa de emprego foi agricultura e pesca que perderam 307 mil postos de trabalho (-3,9%). Os demais setores, indústria, serviços, atividades financeiras, transportes e outros apresentaram aumentos no número de pessoas contratadas.
São boas notícias de fato. Crescem as vendas, o comércio se alegra, a indústria se dinamiza e por aí vai.
E vamos tocando o barco. O mar está tranquilo e o céu é de brigadeiro? Não. De fato, não. Mas sempre é interessante dar um bom primeiro passo.