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    Sábado, 17 Outubro 2020 16:21

    Entrevista - Professora Denise

    Escrito por José Eugênio Rocha

    Como consequência do processo de recuperação econômica e da própria Pandemia, quedas acentuadas na arrecadação e nos repasses de verbas federais e estaduais devem persistir pelos próximos anos. Como pretende canalizar recursos e/ou viabilizar obras diante desta nova realidade?

    No mundo contemporâneo as oscilações econômicas sempre estiveram presentes na administração pública, sendo assim, é preciso governar com austeridade e planejamento. Nesse sentido, é primordial estreitar laços com governo federal e estadual para viabilizar recursos para o município.

    O mundo pós pandemia vai exigir dos governantes uma nova postura frente a seus impactos. Quais medidas a senhora vislumbra como necessárias e decorrentes a este processo de readaptação?

    Realmente o mundo pós pandemia não será mais o mesmo, a sociedade passou por inúmeras transformações. Nesse contexto, se faz necessário investimentos em educação e saúde, que se desdobram em várias outras áreas como lazer, cultura, esporte , assistência social e na valorização e fortalecimento do comércio. Dessa forma, o ser humano será atendido em sua integralidade.

    Quais suas propostas para as áreas de Lazer, Cultura e Esporte?

    Temos em nosso município diversas áreas que podem ser melhor aproveitadas para proporcionar a população mais qualidade de vida. Diante disso, será necessária a revitalização destas áreas e investimentos em espaços que propiciem mais opções de lazer, cultura e esporte a nossa população.

    A senhora pretende propor, se possível, mudanças nas cláusulas do contrato assinado entre o município e a COPASA? Qual sua avaliação sobre a qualidade dos serviços de abastecimento de água e saneamento básico em São Gotardo?

    De fato São Gotardo enfrenta sérios problemas no tocante ao abastecimento de água. É necessário em um primeiro momento exigir o cumprimento do contrato por parte da Copasa, visto que o mesmo estabelece obras a serem realizadas e prazos para a entrega destas. No caso do não cumprimento, outras ações deverão ser implementadas porque nosso povo merece respeito e ser atendido de forma digna.

    Quais suas propostas para a área da saúde?

    Ciente dos desafios pós pandemia é importante humanizar o atendimento através da valorização e capacitação dos profissionais que neste momento também merecem atenção especial. Além disso, ampliar o atendimento com mais especialidades e investir na Atenção Básica, com o objetivo do diagnóstico precoce.

    Qual sua posição em relação às mudanças que vêm sendo implementadas na Santa Casa de Misericórdia? Pretende dar continuidade, ou vai propor mudanças no atual projeto?

    São Gotardo sempre carece de bom atendimento na saúde e uma das minhas prioridades é justamente melhorar de forma considerável este setor. Pretendo não só dar continuidade como também apoiar de forma irrestrita toda e qualquer melhoria que beneficie a população.

    Que obra ou iniciativa a senhora destacaria como prioridade hoje para o município? Como viabilizá-la?

    Acredito que a formação de parcerias na conjuntura atual é uma iniciativa imprescindível para viabilizar ações que impactem diretamente sobre o bem estar de todos. Parcerias com a população, com setores públicos e privados. Todos pelo desenvolvimento de São Gotardo, esta é a premissa que norteia os novos tempos.

    O que pretende fazer, caso seja eleita, para melhorar o sistema municipal de educação? Quais os principais gargalos do setor?

    Acredito na educação como fator de transformação social, sendo assim, aposto no ser humano e na sua capacidade realizadora. A educação transformou minha vida e é nesse princípio que pretendo governar nosso município investindo na educação formal e informal. Ampliar o atendimento de zero a cinco anos é fundamental, pois ainda é uma das carências do município.

    Dos milhares de migrantes, em boa parte, são moradores temporários, com residência fixa em outros estados. Esta condição dúbia se apresenta como um desafio para as políticas públicas do município, que constitucionalmente é obrigado a oferecer atendimento nas áreas de saúde, assistência social e educação, o que por si só, representam gastos expressivos para os cofres municipais. Como lidar com este impasse, considerando que há ainda inúmeras outras demandas, como moradia, infraestrutura urbana, cursos profissionalizantes para jovens, etc.? Estas demandas devem ser tratadas como responsabilidades do município de São Gotardo ou não?

    De acordo com a Constituição Federal todo indivíduo merece atendimento digno e igualitário. Sendo assim, os investimentos nestas áreas serão de suma importância para garantir a qualidade de vida e os direitos de toda a sociedade.

    Complementando a pergunta acima, o fluxo migratório vem provocando um inchaço populacional, notadamente no distrito de Guarda dos Ferreiros. A falta de planejamento e de infraestrutura urbana, crescimento desordenado e as inúmeras demandas sociais se somam ao impasse que há décadas divide o perímetro territorial do distrito entre São Gotardo e Rio Paranaíba. Que propostas a senhora defende, que possam levar a soluções práticas, diante de um problema tão amplo e complexo?

    O Distrito de Guarda dos Ferreiros é hoje um importante polo para o progresso de São Gotardo, tendo boa parte da população engajada nas atividades econômicas do município, especialmente o agronegócio e o comércio. Levando em consideração a importância de se cuidar do nosso povo, é preciso um diálogo permanente com os gestores de Rio Paranaíba para que possamos, juntos, buscar soluções que minimizem os impactos dessa divisão geográfica.

     

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