Outra via lateral que merece atenção, desta vez, bem na entrada da cidade, é hoje alvo de pressão por parte das inúmeras empresas ali instaladas. Neste caso, em sua grande maioria são prestadoras de serviço no setor automotivo, entre outros. O intenso movimento de veículos no local termina por ocupar espaço no canteiro central como ponto de estacionamento, ou mesmo como local para exposição de máquinas à venda ou veículos abandonados.
Em conversa com empresários e representantes de empresas, eles reivindicam uma regulamentação do uso do espaço, conciliando área de estacionamento e demarcação do canteiro central, inclusive, com a possibilidade de 'adotar' a fachada em frente a seus estabelecimentos. Uma alternativa para solucionar a grande demanda por estacionamento, e de outro lado, preservar e implementar obras e cultivo de flora no canteiro central. Lembrando que a via paralela no lado oposto da rodovia já conta com pista de caminhada e infraestrutura adequada.
Trata-se de um problema a espera de uma solução. Deve-se levar em conta aqui a relevância e proeminência desta via lateral como cenário de entrada da cidade.
Conciliando ou não com as demandas econômicas do setor empresarial ali instalado urge implementar as mudanças e adequações necessárias para o perfeito convívio das partes interessadas, principalmente da população.
O Censo divulgado no início deste ano registra que nove moradores do município já ultrapassaram a barreira dos cem anos. Até que se prove o contrário quem ocupa o último degrau deste topo é uma sorridente senhora de 107 anos de idade. Encontramos Dona Julia durante um evento promovido pela prefeitura, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, realizado na praça São Sebastião no dia 29 de outubro, mês em que se homenageia os idosos em todo o Brasil. Ela recebeu congratulações, sendo inclusive agraciada com um diploma entregue pela prefeita municipal Denise Oliveira.
A secretária da pasta, Daniele Magnavita, organizadora do evento, nos apresentou Dona Julia, que hoje, reside e recebe todos os cuidados no Lar do Idoso São Vicente. Foi uma manhã festiva com muita dança, brincadeiras e também oferta de serviços pela equipe da secretaria da saúde.
Produtores de soja torcem o nariz quando o assunto é a Macaúba, e não é pra menos: pesquisas da Embrapa indicam que a espécie chega a produzir 6 mil litros de óleo por hectare ante 500 obtidos com a soja, que hoje responde por 70% da matéria prima usada na produção de biodiesel no país. Associada ao cultivo em sistemas integrados, a maior produtividade da palmeira permitiria até mesmo suprir as importações brasileiras do combustível fóssil - hoje ameaçadas por uma crise global de oferta.
Nativa na região, a Macaúba pode se tornar um investimento lucrativo na produção de Biodiesel. Seu cultivo pode ser feito em larga escala, podendo ocupar, inclusive, regiões montanhosas.
Em matéria publicada recentemente em seu Blog, a repórter Milena Borges resgatou entre outros aspectos, seu valor histórico como fonte para produção de sabão caseiro. Veja a reportagem:
Macaúba pode gerar produtos de alto valor agregado. Embrapa estuda a espécie para uso na produção de biodiesel.
“A macaúba é uma palmeira da espécie Acrocomia aculeata, e tem grande potencial econômico para usos múltiplos, com possibilidade de aproveitamento de forma integral.
A agricultora familiar, Maria Aparecida Alves da Silva, moradora antiga da região do Borrachudo, no município de São Gotardo, manteve essa tradição, aprendida com sua mãe – Floripes Conceição Alves – ainda pequena: “cresci vendo ela fazer”. Ela mesma ajudava a mãe a catar os cocos que, na região, começam a cair em novembro e dezembro, e observava, com atenção, como a mãe fazia.
A fabricação do sabão é demorada e trabalhosa. O processo para a extração do óleo leva mais de um mês. Depois de colhidos, os cocos precisam ser deixados à sombra por mais de um mês “pra curtir”, explica Maria Aparecida. Depois desse tem-po a casca deve ser quebrada, e conta: “minha mãe usava aquela marreta, que batia os chumaço dos carro de boi mas eu, hoje, uso outra marreta qualquer”. Após a retirada das cascas é necessário socar os cocos, “em cocho de madeira ou em pilão fundo”, conforme orienta Maria Aparecida, para extrair a polpa que, em seguida, deve ser coada para depois ser apurada no tacho, em fogo baixo. Ela explica, ainda, que o óleo bóia na mis-tura no momento em que a massa levanta a fervura. Esse óleo vai sendo retirado com uma colher e depositado em um recipiente. E, finalmente, com uso do óleo extraído, é feito o sabão de coco.
Maria Aparecida conta que as castanhas retiradas do coco também eram aproveitadas: “antigamente a gente vendia pra uma fábrica que comprava pra fazer o óleo de castanha, mas hoje não tem mais a fábrica”. Conta que a vizinha, ainda hoje, extrai óleo da castanha em casa. Segundo ela esse é um processo que leva muito tempo e é bastante trabalhoso.”
Vantagens regionais da macaúba na Região do Alto Paranaíba
A macaúba é uma espécie nativa da região do Alto Paranaíba, o que pode tornar a sua produção facilitada. É adap-tada ao solo e ao clima, nasce, cresce e produz frutos naturalmente e pragas não parecem ser problema para a espécie.
Mas quem está em São Gotardo e região já sai na vantagem, quando o assunto é aproveitamento da macaúba para usos múltiplos da macaúba, não somente por ser uma cultura ainda preservada em algumas famílias, mas também pela adaptabilidade da espécie.
A taxa de pessoas com 65 ou mais no município de São Gotardo representa 8,4% do total de número de habitantes. Dos 40.910 habitantes registrados no Censo 2022, 3.446 pertencem a esta faixa etária. Estamos falando de um percentual inferior à média nacional que é de 10,9%, e também inferior ao estado de Minas Gerais onde a taxa de pessoas com 65 ou mais é de 12,3%.
Este recorte indica que a população do município está envelhecendo mais lentamente que a média nacional, o que representa uma saída menos acelerada do chamado Bônus Demográfico, um conceito que associa o au-mento da renda per capita ao maior crescimento da população em idade ativa, enquanto os grupos etários economicamente dependentes, como crianças e idosos, ainda são relativamente menores. Dados estes, que apontam a vigência hoje de uma boa parcela de adultos economicamente ativos, refletindo diretamente na qualidade de vida da população. Mais gente produzindo significa mais renda na família e também mais impostos recolhidos. Apesar desses indicadores não se deve perder de vista que as implicações em termos de políticas públicas devem estar sendo pensadas para atender a essa população idosa. Deste total de 8,4% da população, boa parte depende dos serviços da saúde pública, por exemplo. De outro lado, os resultados do último Censo apontam para uma expressiva população economicamente ativa, demandando mais postos de trabalho para suprir esta demanda.
Na outra ponta, a participação de crianças e adolescentes vem encolhendo, de acordo com o IBGE. Em 2022, as pessoas de 0 a 14 anos representavam 19,8% do total de habitantes, abaixo da marca de 24,1% em 2010. Em 1980, essa mesma faixa etária correspondia a 38,2% da população total.
Em São Gotardo esta faixa etária, de 0 a 14 anos, corresponde a 23,2%, totalizando 9.499 pessoas, entre crianças e pré-adolescentes. Neste caso, um percentual superior à média nacional, o que reforça a afirmação de que em São Gotardo a população é mais jovem que a média nacional.
Quando verificamos a distribuição da população de São Gotardo com base no gênero, o percentual é praticamente igual com uma ligeira diferença; ainda assim o resultado aponta que há mais homens que mulheres no município.
A rua Dona Aída Prados – apenas o quarteirão que começa na avenida Presidente Vargas e termina na rua Frei Paulino, conhecida pelos antigos como Rua dos Agachados – está precisando da assistência das autoridades. A circulação de carros não é mais a de poucas décadas atrás, quando não existia o bairro dos Garcia e a avenida Aida Souza, que leva ao bairro do Julinho Imóveis e à saída para a Matutina. Tornou-se bem mais intensa. E a busca por vagas para estacionar torna a rua – que já é estreita – mais estreita ainda. Assim, tornou-se “normal” o carro que vem subindo ser obrigado a dar ré para o que vem descendo passar, porque a largura da rua não comporta três veículos emparelhados: o que está estacionado, o que sobe e o que desce.
Qual a solução? Certamente proibir o estacionamento. Tão simples: é só colocar placas! Devemos agradecer ao Taquinho do Hotel San Diego que aumentou a largura da rua no começo ao construir o prédio onde funciona uma farmácia, na esquina, sede do antigo Bar Pinguim, de que quase ninguém mais se lembra. Tinha um picolé de coco-queimado maravilhoso feito pela dona Vitória Prados!
Fica aí o pedido de moradores e motoristas para que se resolva o problema.
A história de um povo pode ser contada sob diferentes prismas. Independe da forma, no entanto, a fidelidade do conteúdo; o que de fato nos interessa.
É desafio do Historiador provar por A mais B a veracidade daquilo que já não existe. Em seu desfavor, as marcas do passado vão se perdendo com a mesma velocidade que o tempo avança, sob o risco de já não nos reconhecermos mais. Nesta corrida contra o tempo, necessitamos urgentemente de socorristas do passado. De pessoas dispostas a embrenhar em suas brumas, em seus segredos, e resgata-los, salva-los do esquecimento.
Assim posto, hoje podemos dormir um pouco mais tranquilos, pois nossa história descansa em porto mais seguro com o lançamento do livro 'São Gotardo nos Jornais de 1922 a 1978'. Seu autor, Edson Carlos Mendes Souza, optou por um caminho um tanto inusitado, imprimindo em sua obra, mais que a fisionomia do lugar, mas impressões e sentimentos de seu povo; afinal, história é produto humano, feita de gente, de pessoas.
Foi esmiuçando páginas e mais páginas de jornais velhos, publicados a partir da década de 1920, há um século portanto, que o autor foi registrando e transcrevendo fatos e impressões editadas nestes impressos. O material é rico em detalhes, retratando fielmente o período em que circularam. Como complemento, o autor tratou de traduzir termos já em desuso para a linguagem atual, sem com isso, comprometer suas origens.
O primeiro jornal a circular por aqui surgiu no ano de 1922 e levava o nome da cidade: S. GOTHARDO. Em sua edição de nº12, por exemplo, está registrado o discurso do primeiro prefeito do município, Bento Ferreira dos Santos: “Eu quero que minhas primeiras palavras sejam dirigidas ao povo bom desta terra, que pelos seus mais legítimos representantes acaba de eleger-me primeiro prefeito constitucional deste município”. S. GOTHARDO. circulou por 14 anos. Depois vieram outros, encerrando o ciclo com a revista 'Paca Tatu Cotia não'. Se o meio é a mensagem, o Jornal Impresso foi o único meio de comunicação por quase um século em São Gotardo. Graças a ele, parte de nossa história foi preservada e agora resgatada em livro recém lançado.
O intercâmbio com o mundo exterior é uma das propostas deste Festival Literário, um espaço que em sua origem, se pretende fio condutor de novas ideias e pensamentos. Além de valorizar a produção de artistas locais, o Flisangô promove círculo de palestras com autoridades de renome nacional.
Nesta segunda edição, destaque para a presença de um dos maiores nomes do jornalismo nacional, o repórter da TV Globo, Caco Barcelos. Ele veio falar não só de sua experiência profissional, mas também daquilo que aprendeu ao longo de sua carreira. E não é pouca coisa.
Ao longo de seus mais de 30 anos de jornalismo, mergulhou fundo nos meandros da realidade brasileira, traduzindo em reportagens os sintomas de uma sociedade plural, diversa, onde violência e desigualdade ainda ditam as regras em pleno século XXI.
Para estremecimento do seleto grupo de convictos em pensar o contrário, Caco Barcelos apresentou números e estatísticas para confirmar o que viu e o que vê: um Brasil desigual, onde 80% da população sobrevive com salário mínimo e precariedades de todo tipo. Do abismo que separa a dura realidade entre ricos e pobres. Ele deu uma aula sobre aquilo que precisa ser ouvido.
Caco Barcelos é respeitado no Brasil inteiro. De alguns anos pra cá, conduz o programa de jornalismo da Globo, Profissão Repórter.
Uma rede farmácias com filial em São Gotardo acionou a Justiça, inicialmente com pedido de liminar para suspender os efeitos da Lei municipal 2472/2020 que diz o seguinte: o horário de funcionamento para farmácias e drogarias que não estiverem em caráter de plantão será compreendido de 7:00 às 19:00 Horas. Ela alegou que a limitação de horário de funcionamento definido na Legislação municipal entrava em conflito com a Lei Federal nº. 13.874/2019, a qual, em seu art. 3º, inciso II, define a garantia de liberdade no desenvolvimento de atividade econômica em qualquer horário ou dia da semana.
O propósito desta ação seria o de tornar nulo o sistema de Plantão instituído para atender às necessidades operacionais destes estabelecimentos, o que havia sido definido em comum acordo com a Associação dos pro-prietários de Drogarias e Farmácias de São Gotardo. Nesta ação judicial a Rede Farmácia solicitava que lhe fosse autorizado o funcionamento em qualquer horário ou dia da semana.
Este pedido de Liminar foi negado pelo juiz Miller Freire de Carvalho. Sua decisão está fundamentada na Súmula Vinculante nº 38 do STF, que preceitua como competência do município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial.
A referida rede de far-mácias recorreu em segunda instância, no TJMG. Lá, teve ganho de causa. Com a derrubada da Liminar, ficaria autorizado seu funcionamento para além dos horários previstos na lei municipal.
A Defesa neste processo foi conduzida pela Milleto Assessoria e Consultoria Jurídica, representada pelo advogado Dr, Alderico Kle-ber Borba. Ele prestou o ser-viço voluntariamente: “A pedido da Mesa Diretora e dos Edis(Câmara de vereadores), me coloquei a disposição da Associação das Farmácias de São Gotardo para ajudá-los na questão referente ao processo judicial que autorizava a Farmácia Nacional seguir horário diverso do estabelecido pela Lei Mu-nicipal.” Lembrou ele.
Em ato contínuo à decisão do TJMG, Dr. Alderico Borba recorreu ao STF, última Instância do Poder Judiciário. Na peça de defesa, apresentou uma Reclamação Cons-titucional à Corte máxima pelo descumprimento por parte do TJMG a decisões proferidas pelo próprio STF, no caso, a Súmula Vinculante nº38, que enuncia: “É competente ao município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial”.
No pedido de Liminar apresentado ao STF, a defesa cita vários exemplos de processos similares já movidos em outros municípios, daí, a publicação da Súmula Vinculante disciplinando o tema. E ressalta ainda a defesa: “Releva consignar, que muitas farmácias de São Gotardo/MG conseguem sobreviver economicamente graças ao plantão, posto que, são microempreendedores que na sua grande maioria trabalham em regime familiar. Acentua ainda não se comprovar ilegalidade ou abusividade “por parte do Município de São Gotardo quando fixa horário de funcionamento de farmácias, uma vez que não caracteriza ofensa aos princípios da livre concorrência e da livre iniciativa o cumprimento pelo Executivo Municipal da Lei Municipal que institui escala de plantão para o funcionamento das farmácias e dro-garias” e menciona precedentes que afirma favoráveis à sua tese jurídica. Requer medida liminar para “suspender imediatamente os efeitos da decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais que concedeu antecipação de tutela recursal
Além de inibir o monopólio e o oligopólio, convém aqui salientar que o sistema de rodízio através de plantão atende a uma necessidade de ordem prática, proposta pelos próprios estabelecimentos do setor. Se não houvesse plantão, todas as farmácias se veriam obrigadas a funcionar de domingo a domingo diuturnamente, o que causaria o esgotamento funcional e inviabilidade econômica das mesmas.
Em decisão na Suprema Corte, a Ministra Carmem Lúcia julgou procedentes os argumentos apresentados pela defesa, suspendendo os efeitos da antecipação de tutela cautelar do TJMG. Assim, ela defere: “Pelo exposto, julgo procedente a presente reclamação, para cassar a decisão reclamada e determinar outra seja proferida, observado o disposto na Súmula Vinculante n. 38 deste Supremo Tribunal.”
“O Supremo tribunal Federal deu, portanto, deci-são favorável a Associação das Farmácias para cassar a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Dessa forma todas as farmácias de São Gotardo têm que seguir o plantão regulamentado pela Lei Municipal.” Conclui o advogado de Defesa Dr. Alderico Kleber de Borba.
No início da década de 70, quando o arado de boi ainda ditava o ritmo de nossa economia e farmacêutico era chamado de Doutor, germinava em São Gotardo as sementes de uma revolução de efeitos cataclísmicos, com força suficiente para revolver de suas entranhas as sombras do obscurantismo e do futuro incerto.
A revolução agrícola promovida pela implantação do PADAP, germinou graças a um conjunto de esforços, incluindo os governos brasileiro e japonês, governo de Minas, Allison Paulinelli, o ex prefeito José Luiz Borges, que ao lado do representante dos colonos japoneses, Dr. Gervásio Tadashi Inoue, conduziram e viabilizaram tanto a concretização deste audacioso projeto como a escolha de São Gotardo como cidade polo. Devemos, claro, incluir neste seleto clube de artífices os primeiros colonos imigrantes japoneses que realizaram a tarefa de provar que no solo árido do cerrado podia-se colher a soja, o café, a batata...
A colônia japonesa comemora como data de nascimento, o ano de sua chegada a São Gotardo, que foi em 1974, porém, o Programa de Assentamento dirigido do Alto Paranaíba foi de fato implantado no anterior com a consolidação do projeto e a publicação do decreto federal assinado em 13 de setembro de 1973. Pelo decreto foram desapropriados cerca de 60 mil hectares de terras do cerrado. Portanto, como atestam os registros históricos, o PADAP nasceu mesmo foi no ano de 1973. Assim posto, ele completa 50 anos agora, em 2023.
Luiz Sasaki, um dos pioneiros do Programa, publicou em seu livro Portal do Cerrado: “Conseguimos, com a implantação do PADAP na região do Alto Paranaíba, fazer de São Gotardo o celeiro de Minas Gerais... O resultado dessa nossa produção, todos conhecem. A cidade se desenvolveu, o poder aquisitivo da população é bem melhor. Os primeiros contatos para a implantação do PADAP iniciaram-se com as autoridades locais e a Cooperativa Agrícola de Cotia em 1972. Em 1973, concretizou-se o projeto com a desapropriação da terra”.
O PADAP foi o primeiro programa de exploração agrícola das terras, até então improdutivas, do cerrado. Os desdobramentos deste pioneirismo alcançaram relevância nacional, para não dizer, mundial. Hoje, graças ao cerrado, o Brasil é o maior produtor de soja do mundo.
PADAP hoje, 50 anos depois
Concebido originalmente como área de lazer no início da década de 1990, o projeto Balneário é novela de muitos capítulos. Abortado logo depois de construída a sua barragem, ao longo de três décadas persistiu em seu roteiro as tramas de um enredo mal resolvido, de obra inacabada. Por todo esse tempo sua vocação inicial como área de lazer foi posta de lado pelas sucessivas administrações municipais(cinco ao todo), frustrando expectativas de uma população carente de espaço para diversão e atividades recreativas.
E agora em 2023, passados 30 anos, a Prefeitura lança oficialmente o Complexo de esporte e lazer Parque dos Ipês, um conjunto arquitetônico construído em tempo recorde: 15 meses, do lança-mento de sua pedra fundamental até a inauguração. Ocupando toda orla da lagoa, o Parque dos Ipês se apresenta, portanto, como desfecho de uma longa história, conclusão de um projeto até então inacabado.
Afora o simbolismo que encerra o principal cartão postal da cidade, o Balneário reafirma a partir de agora seu lugar de destaque como espaço privilegiado que é.
Dando início à cerimônia de inauguração, público e autoridades assistiram a uma série de danças e coreografias apresentadas por alunos de escolas municipais, como a Escola de tempo integral José Antônio, destacando temas folclóricos e culturais das regiões norte e nordeste. De Luiz Gonzaga a Parintins, um espetáculo de ritmos e cores deram o tom em uma manhã ensolarada de um sábado especial, o aniversário de 108 anos de São Gotardo.
Após as apresentações dos alunos, a prefeita Denise Oliveira falou aos presentes, em tom de agradecimento pelo apoio que recebeu, tanto do Poder Legislativo, como de funcionários e de toda população. O Parque dos Ipês tem a sua digital, e personifica uma política voltada para o desenvolvimento humano, onde o esporte, lazer, cultura e educação são marcas de relevo em sua gestão como prefeita.
Na cerimônia de inauguração, além de representantes dos três poderes, marcou presença o ex prefeito Paulo Uejo. Ele deu início ao projeto do Balneário há exatos 30 anos atrás. Quis o destino que estivesse presente nesta data especial para ver realizado um sonho embalado por tantos e tão longos anos de espera. Sua marca foi devidamente reconhecida pela prefeita Denise de Oliveira, que assumiu o desafio de levar a desfecho como obra finalmente concluída, o Balneário.
O Parque dos Ipês já está em operação a partir deste início de mês. O uso de suas dependências é gratuito e aberto a toda a população. Normas e recomendações de uso e manutenção estão sendo divulgadas pela prefeitura.
Nas fotos abaixo, a prefeita Denise Oliveira, os ex prefeitos Paulo Uejo e José Rodrigues Ribeiro, o presidente da Câmara, Anivaldo Barbosa. Também ocupando a mesa de autoridades, o vice prefeito Paulo Eugênio, representantes das Polícias Civil e Militar, do Ministério Público, secretários e vereadores.