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    Segunda, 28 Novembro 2022 22:55

    O que fazer?

    Escrito por Leonardo Camisassa

    Quando essas linhas forem publicadas já saberemos quem será o nosso presidente para os próximos quatro anos.

    Passamos por um mês de outubro que foi extremamente desgastante, tenho certeza, para todos nós. A campanha eleitoral foi marcada por um uso agressivo de notícias falsas, as fakes news, usadas em larga escala sem que a justiça obtivesse um êxito concreto do seu controle e da punição às pessoas envolvidas.

    Pedofilia, tiros, assassinatos, agressões a religiosos, uma narrativa intensa voltada para o lado religioso, satanismo, maçonaria, assédio eleitoral, etc, etc, etc. Um extenso rol de notícias que tirou do foco as necessidades reais da economia brasileira.

    O fato é que o Brasil precisa rever suas prioridades. A economia brasileira precisa redefinir seus rumos diante de uma encruzilhada que vem se abrindo diante de todos nós nos últimos seis anos.

    Afinal, o que queremos? Emprego? Renda? Salários dignos? Ou queremos mais violência, mais agressões e mais de uma brutal transferência de renda para o mercado financeiro que controla e determina os rumos atuais de nossa economia?

    Qual é, portanto, o fim último da economia senão o bem estar do ser humano?

    Não podemos mais conviver com a fome em um país que tem capacidade de matar a fome de todo o planeta. Não podemos mais continuar desmatando indiscriminadamente nossas florestas, comprometendo a nossa própria sobrevivência futura.

    Nas semanas finais do mês de outubro foi amplamente divulgado planos vindos do Ministério da Economia que visam desindexar o reajuste do salário mínimo e das aposentadorias, abrindo a possibilidade de reajustes abaixo da inflação, jogando algo próximo a 80 milhões de brasileiros em situações de penúria, planos esses que tem como objetivo controlar os gastos públicos.

    Mas não podemos esquecer que somente no mês do outubro, como forma de estímulo ao voto, o governo federal gastou algo próximo a 70 bilhões de reais em pacotes de “bondades” que, em tese, estimulariam o voto de alguns eleitores e para tornar a notícia ainda mais grava, somente esse ano foram despejados algo em torno de 273 bilhões na economia brasileira.

    Uma coisa é certa. Esse gasto exagerado do governo federal com objetivos puramente eleitoreiros irá mandar a conta em muito pouco tempo.

    O rombo desses 273 bilhões deverá ser coberto de alguma forma já que a economia não é algo milagroso e daí se entende o porquê da desindexação do salário mínimo e das aposentadorias. Acharam que vai pagar a conta.

    A inflação persiste. O desemprego persiste. A fome continua trazendo dor e angústia. A tão propalada redução do preço da gasolina já tem data para terminar. Em alguns Estados brasileiro o preço dos combustíveis já está começando a subir novamente.

    O elevado grau de endividamento dos brasileiros e, como consequência, o alto nível de inadimplência compromete brutalmente a capacidade de consumo do brasileiro.

    Diante disso tudo, a única pergunta é: o que fazer?

    Estamos em uma encruzilhada e não podemos continuar mais dessa forma.

     

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