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    Terça, 27 Fevereiro 2024 21:32

    Feliz 2024 Ano Político, Viva!

    Escrito por Edson Carlos

    Já se fala nos bastidores: fulano vai candidatar. Também o sicrano e o beltrano, até você e eu podemos candidatar. Não tem mais aquela conversinha mole de que o governante nasce de sangue azul. Mas por séculos foi assim: ele nascia barão, príncipe, rei. É sangue azul? Então manda, e os de sangue vermelho – 95% ou mais – obedecem.

    Não é mais assim. Agora o cidadão – se quer governar – tem que se candidatar e sair por aí pedindo voto. E às vezes (quem tem dinheiro) comprando!

    E por que falam nos “bastidores”? Porque lá – fora das vistas e dos ouvidos do público – é que “acontecem” as coisas: quem vai ser candidato, quem não pode, quem vai pra tal cargo, quem demite, quem fica, e o dinheiro ondé que tá, etc. Quando as coisas vêm a público, isto é, chega aos ouvidos e às vistas do povão, as cartas já estão marcadas, e a campanha para fazer as cabeças dos eleitores aparece nas ruas, nos comícios, nos santinhos e até nas portas de suas casas. Isso era antigamente! Agora é no celular, nas redes sociais.

    Aí você e eu torcemos os narizes: detesto política! Esses caras não estão com nada, só aparecem nas eleições prometendo mundos e fundos. E bonzinhos, hein!

    Pois, em vez de xingar, devíamos achar bom. Por quê? Uai, eles estão nos “pedindo” voto! Olha que beleza! PEDINDO, logo a nós que em geral não valemos nada. Mas o voto vale. Muito mais que um par de sapato ou um saco de cimento! Então não xingue, alegre-se, pelo menos nessa época você “vale o voto que tem”. Esse 2024 vai ser uma beleza!

    Quanto a serem “bonzinhos”, são mesmo! No plano das ideias, são muito gente boa, tanto é que se dispõem a servir a nós, a comunidade. Quer coisa mais bonita? Eles se oferecem para arrumar as ruas, tampar buracos, resolver o problema do esgoto, botar ordem nos loteamentos para MAIS TARDE prevenir enchentes, regular o barulho DESNECESSÁRIO na cidade, fazer cumprir a lei do SILÊNCIO impedindo casas noturnas de botar o volume lá nas alturas e azucrinar o sono de todo mundo que mora perto, e afinal investir o dinheiro do orçamento PÚBLICO em boas escolas, bons postinhos de saúde, pessoal bem remunerado e feliz trabalhando para nos servir etc. e tal. Essa LISTA enche esse jornal DAQUI.

    Pois é: o ideal seria isso que está no parágrafo acima. Mas e a prática?

    Na prática, é que os eleitores, nós – em geral!!! – votamos feito baratas tontas. E barata tonta mais erra do que acerta ao escolher o candidato que se dispõe de verdade a trabalhar para

    ... eu ia dizer: TODOS! Mas aí começa o problema. A palavra “todos” inclui ricos e pobres, quem tem casa e quem mora na rua, quem nada em dinheiro e quem não tem nada, quem come demais e quem não come. Trabalhar para TODOS? Não, na prática isso não acontece. Na prática, os candidatos defendem seus PARTIDOS. O nome já diz: partido, parte, pedaço. E aí – NA PRÁTICA – o que acontece? Leva a melhor parte o grupo mais forte.

    Essa “melhor parte”, para resumir tudo, é a dotação orçamentária, a verba, o dindim. Você sabe quanto pagamos de JUROS por ano a alguns bilionários? Segundo o Gúgul, 780 bilhões (8% do PIB). Só de juros, porque a DÍVIDA até aumenta. Em gastos com educação, o percentual baixa para 1,3%. Você, bom nas contas, avalie! E entenda porque as taxas de juros são tão altas!

    E sabe quem VOTA o orçamento? Deputados, senadores e vereadores: políticos que nós elegemos. E nós mesmos os chamamos de corruptos. Ora, elegemos corruptos? Culpa de quem? De nós, os idiotas que votam igual barata tonta.

    Conclusão: pare de falar que não gosta de política. Pelo contrário: seja tão político quanto todos temos o direito e até obrigação de ser. O que está em jogo é para onde vai nosso dinheiro. Sim, “nosso” porque vem dos impostos que nos impõem e somos obrigados a pagar. Então, simples assim: queremos saber para onde vai isso.

    Feliz 2024 para todos os eleitores que não querem votar feito barata tonta. Para os outros também, coitados! Porque, no fim das contas, estamos no mesmo barco. Se afundar, vai todo mundo junto, as baratas tontas e as não tontas.

     

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